Um grupo peculiar vive imerso em fantasias esotéricas e desejos reprimidos, até ser transportado para uma realidade alternative vicentina.

Afonso, um antiquário obcecado por Gil Vicente e miniaturas medievais, vive com Carminho, a sua noiva inquieta, que começa a duvidar da relação à medida que os silêncios dele se adensam. Quando Afonso conhece Celeste, uma atriz amadora que ensaia “A Farsa Da Inês Pereira”, nasce uma ligação silenciosa, alimentada por figurinos históricos e subentendidos eróticos. Enquanto Carminho mergulha num ritual psicadélico com veneno de sapo em busca de clareza espiritual, Afonso vê-se dividido entre o desejo e o dever, a fantasia e a realidade. O mundo moderno começa a dissolver-se e as personagens, como num auto vicentino, caminham para uma encenação final onde já não se distingue vida, teatro ou alucinação.